Com seus 32 metros de altura, ela é o maior complexo japonês do Brasil e foi criada com o propósito de ser um espaço para apreciar a arte e a tranquilidade.

Inspirada no templo Horyu em Nara, no Japão, que data de 607 e é considerado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, a Torre de Miroku levou mais de 12 anos para ser construída usando a planta original encontrada nos pertences de um construtor de templos.

Seu telhado, construído no estilo tradicional japonês, com caibros de madeira encaixados sem o uso de pregos ou parafusos, é sobreposto em cinco andares e foi a primeira torre no mundo a ter um vão livre até o topo. Incrível não é mesmo! Além disso, a cobertura é formada por 13 mil telhas moldadas no local e revestidas com esmalte dourado importado do Japão.

No topo da Torre de Miroku está a relíquia de Meishu Sama, fundador da Igreja Messiânica Mundial, tornando a torre um corpo sagrado que simboliza a conexão entre o homem e Deus, a terra e o céu. Cada um dos cinco telhados representa uma parte do corpo divino, começando pelas pernas, seguidas pela barriga, peito, pescoço e cabeça. A Torre de Miroku é um lugar para se inspirar e renovar a mente e a alma.

Um ambiente encantador que convida à contemplação da natureza e da cultura oriental. Em seus arredores, encontramos uma cachoeira de pequeno porte, um lago com carpas e um jardim harmonioso que mistura a beleza da flora ocidental e oriental, como cerejeiras, ipês e mudas de pau-brasil.

Como já mencionei, a torre está situada às margens da Represa Billings, o que confere um ar paradisíaco ao local e permite que os visitantes apreciem as águas tranquilas da represa.

Além disso, a capela existente no complexo possui representações de divindades tanto orientais quanto ocidentais, todas promovendo a salvação da humanidade através do amor, da compaixão e da união. Entre elas, destacam-se Nossa Senhora Aparecida, que simboliza a “Kannon do Ocidente”; São João Batista, santo padroeiro do Japão; e Daikoku, um dos sete deuses da felicidade. Quanta diversidade religiosa não é mesmo?

Dentro do complexo, podemos encontrar o jardim zen, uma composição minimalista sem árvores, onde a natureza é representada apenas pelas pedras e areia, expressando o valor da quietude e da interioridade. Cada detalhe deste jardim revela um significado, como os riscos na areia que representam o fluir da água.