A trajetória encantadora do Mosteiro de São Bento começa lá em 1598, quando os beneditinos aportaram em São Paulo e ergueram uma simpática igrejinha dedicada a São Bento. Ao longo do tempo, essa modesta construção se transformou, em 1634, em uma abadia que testemunharia as mudanças históricas do Brasil e de São Paulo.

Os anos que se seguiram foram recheados de transformações, e em 1858, o Colégio de São Bento surgiu ao lado da abadia. Mais tarde, em 1921, a Escola Teológica, agora conhecida como Faculdade de São Bento, entrou em cena. Inicialmente exclusiva para os monges, oferecendo cursos de Filosofia e Teologia, a instituição abriu suas portas à comunidade e expandiu seu leque de cursos.

Hoje, o mosteiro abriga a encantadora Basílica Abacial Nossa Senhora da Assunção, a vibrante Faculdade de São Bento e o tradicional Colégio de São Bento. A construção aberta à visitação, erguida entre 1910 e 1912, convida os curiosos a explorar a história rica e cativante desse lugar especial.

No Mosteiro de São Bento, a espiritualidade se mistura com o aroma tentador da padaria, um verdadeiro refúgio para os sentidos. Por trás dos muros da catedral imponente, do colégio cheio de tradição e da faculdade repleta de conhecimento, os monges se dedicam à arte de criar pães, bolos, geleias, chocolates e cervejas artesanais que encantam. Que rotina gostosa hein pessoal!

As receitas, guardiãs de sabores mágicos, são compartilhadas entre os monges, mas o segredo é mantido com carinho. Entre as tentações mais procuradas, o “benedictus” rouba a cena, um pão de mel recheado com geleia de morango, e o bolo de nozes com maçã, uma delícia inconfundível.

Essas delícias não se restringem ao Mosteiro; elas ganham vida também em uma cafeteria charmosa nos Jardins. E, para levar consigo um pedacinho desse encanto, a lojinha ao lado oferece lembranças de viagem e presentes, incluindo as adoráveis medalhinhas de São Bento. Cada item é um convite a saborear a vida com leveza, conectando-se à tradição e espiritualidade desse lugar especial.

O centro histórico de São Paulo é uma verdadeira joia arquitetônica, repleto de edifícios antigos que narram as histórias glamorosas do passado. Hoje, essas estruturas, que outrora exibiam grandiosidade e luxo, acolhem comunidades em situação de vulnerabilidade social, proporcionando uma perspectiva singular da evolução da cidade.

Além de sua riqueza histórica, o centro de São Paulo abriga construções imponentes, como a Câmara Municipal, a Prefeitura, o Theatro Municipal, o Edifício Copan e a majestosa Catedral da Sé. No entanto, a região enfrenta desafios contemporâneos, notadamente o aumento da população em situação de rua.

Os comerciantes locais expressam descontentamento com a situação, ressaltando a sensação de abandono que permeia a área. Em resposta, intensificaram as medidas de segurança, e os residentes se adaptaram para evitar inconvenientes. Mesmo os guias turísticos notam a escassez de segurança e manutenção adequada, impactando a experiência dos visitantes que desejam explorar a cidade.

Minha visita ao centro foi, de certa forma, desconcertante e por vezes até perigosa, devido à presença significativa de moradores de rua e pessoas em situação de dependência química. Recomendo que, durante sua visita, faça uma pausa no final do dia, pois à noite o centro parece transformar-se em uma cena de filme ou série de zumbis, o que pode causar desconforto.

Localizada no Centro de São Paulo, é um problema complexo e persistente que envolve questões de saúde, segurança pública e social. O texto destaca a evolução desse cenário ao longo das décadas. Inicialmente, a região, conhecida como Campos Elíseos, foi planejada para abrigar os barões do café, mas, com o tempo, enfrentou desafios como o fechamento da rodoviária da Luz em 1982, resultando em esvaziamento e ocupação por pessoas em situação de rua.

A área, antes nobre, tornou-se um ponto de prostituição e consumo de drogas, sendo apelidada de Boca do Lixo. Com a chegada do crack na década de 1990, a situação se agravou, atraindo traficantes e usuários. Diversas operações policiais foram realizadas ao longo dos anos, mas não solucionaram o problema. Tentativas de revitalização, como o programa De Braços Abertos, oferecendo moradia e trabalho, também enfrentaram críticas e obstáculos.