Igreja Santuário Santo Antônio do Valongo - Santos - SP
Localizada próxima do Museu do Pelé e da Linha turística do bonde, a igreja tem um estilo barroco marcante, as paredes são adornadas com murais de azulejos datados dos anos 1930. Em seu altar-mor, destaca-se um dos raros tronos rotativos do país, apresentando de um lado a Santíssima Trindade e, do outro, o ostensório para a Adoração Perpétua.
A entrada da igreja é emoldurada por três elegantes arcos romanos, em uma harmonia perfeita com as portas-balcões de arco abatido no andar superior, adornadas com vergas curvas esculpidas em pedra. Uma ornamentação de frontão ondulado e delicadas guirlandas completam esta fachada, aclamada como um dos mais magníficos exemplos do barroco do século XVIII.
Durante nossa visita, tivemos o privilégio de apreciar algumas obras de arte locais, incluindo presépios, o que proporcionou uma experiência fascinante.
O altar é adornado por seis painéis de azulejos, meticulosamente pintados entre 1938 e 1940 pelo ilustre artista português José Candido da Silva Jr. Nestas obras, o artista retrata-se com elegância, vestido com paletó e gravata, no painel intitulado ‘O Pão de Santo Antônio’, ao lado do próprio santo.
Enquanto no painel ‘Morte de Santo Antônio’, Silva Jr. apresenta Frei Vicente Borgard, apontando para o céu em um gesto de consolo, enquanto tenta confortar um frade que lamenta a partida de Santo Antônio. É relevante destacar que Frei Vicente foi o responsável pela restauração e reforma da igreja durante a década de 1930.
Cenas da vida de Santo Antônio e de São Francisco são vividamente retratadas em pinturas a óleo no teto, acompanhadas pelas imagens dos principais santos franciscanos: Santa Clara, São João Maria Vianey, São Pascoal, São Boaventura, além dos papas Pio X e Gregório IX.
Tais obras são enaltecidas pela profusão de flores que decoram as paredes, cujo centro, adornado por um pequeno espelho, multiplica a incidência da luz, dando um toque resplandecente ao ambiente.
Os detalhes e as expressões das imagens do altar ‘Divina Justiça’, retratando Maria Madalena aos pés de Jesus Crucificado, merecem uma observação mais atenta. Há registros de que esta imagem, sempre em destaque na Sexta-feira Santa, foi levada em procissão durante a epidemia de febre amarela entre 1889 e 1890, que assolava a população local. Após a procissão, a história conta que os casos da doença começaram a diminuir e, algumas semanas depois, não houve mais registros.
Na parte inferior do altar, encontra-se o esquife do Senhor Morto, protegido por uma caixa de vidro. O altar em madeira trabalhada, trazido de Lisboa entre 1726 e 1727, eleva-se três degraus acima do piso e preserva as características tradicionais do barroco: branco e dourado.
À esquerda, perpendicular à igreja conventual, encontra-se a Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, datada de 1691, com um arco aberto para a igreja.
Uma lojinha de produtos e lembrancinhas não podem faltar, você pode adquirir alguns presentinhos deste local histórico com preços justos.
Visitas monitoradas
Quarta, quinta e sexta das 9h às 17h.
Sábado das 9h às 13h.
Terças-feiras
Veneração a Santo Antônio, com bênção de pães, trazidos pelos fiéis, nas missas, às 12h e às 15h.
Gratuita
Em suma, o Santuário de Santo Antônio do Valongo é muito mais do que uma simples igreja; é um monumento que encapsula séculos de história, arte e devoção. Sua arquitetura barroca e bem preservada repleta de detalhes magníficos, e suas obras de arte meticulosamente preservadas transportam os visitantes para uma jornada através do tempo. Além disso, a conexão com a história local e os relatos de milagres atribuídos ao santuário acrescentam uma aura de misticismo e significado espiritual. Ao visitar este local sagrado, os fiéis têm a oportunidade não apenas de admirar sua beleza, mas também de se conectar com a fé e a tradição que o permeiam, tornando-o um ponto de referência tanto para os devotos quanto para os apreciadores de arte e história.
Em 1859, o conjunto do Valongo, composto pela igreja, convento e Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, foi vendido para dar lugar à construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, pioneira no Estado de São Paulo. Dois anos depois, o claustro foi demolido para dar lugar à Estação do Valongo.
No entanto, a imagem de Santo Antônio permaneceu inabalável em seu altar, um evento considerado milagroso, que impediu o desaparecimento da igreja.
Em 1987, a igreja foi elevada à categoria de santuário. Tanto a igreja quanto a ala sul do convento, que escapou da demolição, são consideradas como um dos principais exemplos da arquitetura franciscana no país.
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